Plenária aprova Documento Final da I Coepe

Chapecó – O ponto culminante da I Conferência da Ensino, Pesquisa e Extensão (Coepe) promovido pela Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) aconteceu dia 03 de setembro, com a aprovação do Documento Final, no Auditório do Bristol Lang Palace Hotel, em Chapecó. A primeira atividade do dia, a partir das 8 horas, foi reunião com os coordenadores dos cinquenta fóruns temáticos ocorridos nos cinco campi para definição do prazo para entrega dos artigos que farão parte de uma publicação. A data ficou estipulada em 30 de novembro.

Depois iniciaram-se os trabalhos que se estenderiam até próximo das 16 horas: a aprovação do Documento Final da I Coepe, o qual reuniu as propostas discutidas durante os fóruns e algumas que puderam ser apresentadas até o dia da apreciação e defendidas pelos representantes dos campi que fizeram parte da mesa de trabalhos. Divididas em quatro grandes áreas (Graduação, pós-Graduação, Pesquisa e Extensão), os itens do documento de mais de noventa páginas foi analisado e votado, tendo direito a voto 15 delegados de cada um dos campus, num total de 75 votos possíveis. Ao final, o presidente da Comissão da Coepe e pró-reitor de Pós-Graduação e Pesquisa, Joviles Trevisol, entregou de forma simbólica o documento ao vice-reitor em exercício da Reitoria, Jaime Giolo.

Aprovação do Documento Final da I Coepe reuniu delegados dos cinco campi da UFFS

Dirigente do CNPQ na palestra de abertura

Para a palestra de abertura da fase final da I Coepe, na noite de 02 de setembro, foi convidada a vice-presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ), professora doutora Wrana Panizzi. Falando sobre “As políticas de fomento à pesquisa no Brasil: perspectivas para a UFFS”, a dirigente da entidade traçou um perfil da pesquisa científica no Brasil desde a década de 1950, quando o país começava seu processo de industrialização, passando pela criação das principais entidades fomentadoras nas décadas seguintes até os anos 2000, fase de transição em que surgiram os fundos setoriais e os novos formatos de financiamento.

Entre os assuntos abordados, pelo menos dois mereceram mais destaque durante sua fala: o primeiro deles é a crescente institucionalização da pesquisa no Brasil, possível com a chegada de institutos nacionais de pesquisa nas regiões do “Brasil profundo”. Conforme a professora Wrana, isso somente está sendo possível com o avanço territorial das universidades, principalmente das públicas federais, que hoje somam 57 em todas as regiões do Brasil. “Isso diz respeito a autonomia do país”, considera.

Na sequência partiu para o segundo ponto de suas considerações. Depois de informar que o Brasil hoje ocupa o 13º lugar em número de publicações científicas no mundo, com considerável melhora nos últimos anos, fez uma espécie de alerta aos presentes, atuais ou futuros pesquisadores: “Acabou-se o tempo do pesquisador isolado. Isso só serve para o Currículo Lattes”, disse Wrana Panizzi. Para ela, a pesquisa no Brasil tem de se adequar às mudanças que o mundo vem sofrendo, exigindo outras respostas que não sejam mais tão específicas. “Hoje é preciso desenvolver projetos de pesquisa em rede que associe diversas áreas e atenda as maiores necessidades das regiões”.

A vice-presidente do CNPQ, Wrana Panizzi, falou sobre a institucionalização da pesquisa no Brasil e do modo de fazer pesquisa em rede

setembro 8, 2010   Publicado em: Notícias