Projeto é aprovado no Programa de Acessibilidade
A Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) teve projeto aprovado no Programa de Acessibilidade na Educação Superior do Ministério da Educação (MEC). O resultado dos projetos selecionados foi divulgado no final de outubro e a UFFS concorreu com o projeto “Fronteira Sul: inclusão sem distinção”, elaborado e encaminhado por uma equipe do Sistema de Bibliotecas (SiBi).
Com a aprovação do projeto, a UFFS foi contemplada com recurso de R$ 122.001,00, que serão aplicados na aquisição de alguns equipamentos, como computador com especificações que permitam o uso de aplicativos e softwares para atender as necessidades de pessoas com deficiência visual. Também está previsto a aquisição de softwares como sintetizadores de voz, calculadoras para baixa visão, impressora Braille, scanner Book Reader (Plustek), lupas eletrônicas, mapas em alto relêvo, material de consumo como papéis especiais, e outros. O projeto também prevê recursos para passagens e diárias.
O programa “Incluir” propõe ações que garantam o acesso pleno de pessoas com deficiência às instituições federais de ensino superior (Ifes) e tem como principal objetivo fomentar a criação e a consolidação de núcleos de acessibilidade. As Ifes, em contrapartida, precisam responder pela organização de ações institucionais que garantam a integração de pessoas com deficiência à vida acadêmica, eliminando barreiras comportamentais, pedagógicas, arquitetônicas e de comunicação.
De acordo com a diretora da SiBi, Sigrid Weiss Dutra, o passo principal a partir de agora é a formação dos núcleos de acessibilidade que deverão funcionar nos cinco campi da instituição. Também deverão ser criados espaços adequados para atender os alunos com necessidades especiais. “Nossa intenção é começar a fazer visitas de conhecimento a outras instituições de ensino superior, ao mesmo tempo em que buscaremos cursos que capacitem adequadamente os servidores envolvidos no projeto”, informa Sigrid. O Sistema de Bibliotecas da UFFS também realiza, desde o semestre passado, um levantamento preliminar sobre o número de estudantes portadores de deficiências na rede escolar de cidades onde atua a universidade.
Para a estudante Nilce Vidor, do curso de Licenciatura em Sociologia do campus de Chapecó, o núcleo de acessibilidade virá em boa hora. Com aulas à noite, ela sofre de baixa visão e necessita de auxílio para cumprir suas tarefas escolares. Quem a ajuda nestas horas é o servidor Daniel Luciano Alegre Rodrigues, que participou da elaboração do projeto enviado ao MEC. “Estou auxiliando a Nilce na configuração e adaptação de softwares que facilitam a leitura para pessoas com pouca visão”, informou Daniel.
novembro 8, 2010 Publicado em: Notícias