Comunidades regional e acadêmica se reúnem na I Conferência da UFFS

Chapecó – Em mais um momento histórico, a Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) abriu oficialmente sua I Conferência de Ensino, Pesquisa e Extensão (Coepe), na noite de quarta-feira, 16 de junho. A cerimônia ocorreu em Chapecó, sede da instituição, com a palestra do professor da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Erneldo Schallemberger.

Inicialmente, o vice-reitor da UFFS, Jaime Giolo, declarou aberta a I Conferência de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFFS “com sincera e justificada alegria”. A pró-reitora de Graduação, Solange Maria Alves, lembrou de alguns dos passos da criação da universidade e ressaltou que, mesmo a UFFS em funcionamento, ainda não se chegou ao horizonte. Assim também será com a Coepe, que representará somente mais um passo na caminhada da instituição.

O pró-reitor de Pós-Graduação e presidente da conferência, Joviles Trevisol, agradeceu a todos os envolvidos e apresentou a metodologia da conferência. Esclareceu aos presentes a principal justificativa da realização da Coepe: “a UFFS é uma universidade em construção, sem ser de cima para baixo”.
Novamente com a palavra, o vice-reitor destacou que a Coepe é de absoluta importância para a UFFS, uma vez que tratará de temas que perpassam todas as perspectivas da universidade. E fez um pedido a todos os envolvidos com a Coepe: “gostaria que no processo, mantivessem um olho voltado ao levantamento de informações da comunidade em volta, experimentando proposições práticas para a instituição”.

O professor Schallemberger palestrou sobre “Universidade e Fronteiras: agendas para a inserção social e o desenvolvimento regional”. Em sua fala, retomou os modelos de universidades até chegar ao Brasil. Aqui, lembrou, a universidade foi tardia e sem um projeto nacional, o que ocorreu somente no início da década de 1960, mas logo foi interrompido com o golpe militar.

Shallemberger levantou também o que considera os principais dilemas das universidades: a ausência nacional de educação superior; a expansão restrita, que só está sendo resolvida agora; a falta de autonomia e inibição para criação de inteligência nacional; a dificuldade de acesso e a falta de direcionamento de recursos para a inserção social (no mundo do trabalho, da participação política, e da cultura).

Em vários momentos, o professor relembrou que as universidades têm a tarefa de produzir conhecimento e desenvolver cidadãos críticos, o que consequentemente produz transformações regionais. Para evidenciar os papeis sociais, ele acredita que as escolas superiores precisam primar pela investigação e formação científica, pela preparação da carreira acadêmica e pela promoção do desenvolvimento regional e consequentemente nacional.

A Coepe continuou na quinta-feira e sexta-feira, em Chapecó, com 10 fóruns temáticos em sua segunda etapa. Os fóruns também acontecerão nos cinco campi da UFFS (Erechim, 01 e 02 de julho; Realeza, 13 e 14 de julho; Laranjeiras do Sul, 15 e 16 de julho; Cerro Largo, 22 e 23 de julho. Com as discussões realizadas, um documento final será consolidado resumindo os principais debates. O encontro para a realização desta tarefa acontece em Chapecó, nos dias 2 e 3 de setembro.

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junho 18, 2010   Publicado em: Notícias