Diretor repassa conhecimentos sobre cooperativismo em palestra

“Vivências e experiências do cooperativismo brasileiro e europeu” foi o tema tratado pelo diretor do campus Cerro Largo da UFFS, Antônio Andrioli, em uma palestra em Guarujá (SP). O evento “Encontros cooperativos” foi promovido pela Unimed e realizado no dia 8.
Em sua fala, Andrioli considerou que o atual estágio da economia mundial tem influenciado a construção das políticas públicas e a organização dos trabalhadores. O aumento do desemprego coloca muitos em situação de trabalho precária e muitos ainda acabam dependendo do assistencialismo.
O diretor destacou que a alternativa para o enfrentamento da exclusão dos trabalhadores do processo produtivo é a organização de grupos para geração de renda através de cooperativas. Assim, além de contemplar a geração de trabalho, incentiva a ação coletiva e da gestão do seu próprio empreendimento, permitindo assim a inclusão social no mercado e a participação como cidadão capaz de se organizar e se constituir como sujeito político na sociedade.
“A histórica relação que o cooperativismo possui com o desenvolvimento local e seu potencial de geração de renda através do trabalho associado, a aposta na sua difusão, implementação e apoio permanente é estratégica contra o desemprego”. E, defendendo a disposição do poder público em incentivar o cooperativismo, em parceria com entidades da sociedade civil, ele complementou: “Seguramente, o apoio a esta iniciativa trará bons frutos e poderá contribuir para reduzir as dificuldades daqueles que, excluídos do mercado de trabalho, poderão construir seu próprio empreendimento, utilizando a ‘ferramenta’ do cooperativismo, tantas vezes descoberta em momentos de crise para a resolução de problemas e necessidades comuns dos trabalhadores”.
Através de suas experiências de pesquisa e como professor na Alemanha, Áustria e Brasil, Andrioli apresentou um comparativo entre o Brasil e a Europa, destacando o potencial do cooperativismo brasileiro diante dos problemas sociais e ambientais decorrentes da economia capitalista. “O modo de produção capitalista produz dois problemas centrais que não se consegue resolver: a exclusão social e a destruição ambiental. O cooperativismo, ao não separar o capital do trabalho e por ter a melhoria da qualidade de vida dos associados como condição de existência, constitui a alternativa mais viável e promissora à crise da economia de mercado”, concluiu Andrioli.

Diretor acredita que o cooperativismo é estratégia contra o desemprego

julho 19, 2010   Publicado em: Notícias