Campus de Cerro Largo discute seus desafios em mesa-redonda

Cerro Largo – Na manhã do dia 05 de agosto, no Auditório 1 da Universidade Federal da Fronteira Sul, campus de Cerro Largo, aconteceu uma mesa-redonda com a intenção de discutir os principais desafios da instituição. Tomaram parte das discussões, como integrantes do Comitê Pró-Universidade, os professores Marlene Stochero, Melchior Mallmann, Sandra Balbé Freitas; o representante dos docentes da UFFS, Benedito Silva Neto; o representante dos acadêmicos, Rafael Wolfart; a representante dos técnico-administrativos da UFFS, Marlise Sozio Vitcel; o diretor do campus em Cerro Largo, Antônio Andrioli.

O primeiro a falar foi Benedito Neto, o qual expôs, num dos momentos mais importantes de sua fala, o equívoco de colocar a culpa pelo fracasso das universidades federais nos professores universitários, que são caricaturados como “antidemocráticos e fechados em suas próprias pesquisas”. Segundo o professor, “essa não é a realidade, principalmente em relação aos docentes concursados para o campus de Cerro Largo”. Dois outros pontos destacados por Benedito foram a necessidade de os alunos estarem mais motivados, não ficarem passivos e assumirem postura acadêmica e crítica, e a importância de os docentes terem mais espaço para colocarem suas opiniões nas decisões da Universidade. O professor salientou também a importância de definir a estrutura organizacional da universidade, para assim ter clareza de como a UFFS poderá colaborar nos problemas da sociedade.

O estudante Rafael Wolfart, por sua vez, destacou a relevância de espaços de discussão como os proporcionados pela I COEPE, nos quais “os acadêmicos podem se envolver de forma a estimular a tomada de atitudes e senso crítico”. Para Rafael, é fundamental que os alunos sejam mais instigados, especialmente pelos professores, para que não concluam seus cursos com o mesmo pensamento que tinham quando ingressaram. Marlise Vitcel, representando os técnico-administrativos, destacou o desafio que a universidade enfrenta de se integrar à população local, “construindo uma convivência harmônica entre a comunidade e a universidade”. Marlise fez diversas reivindicações pontuais em nome de todo o quadro técnico e frisou a necessidade de os funcionários terem mais autonomia para realizar seus trabalhos.

Na sua vez, o diretor do campus, Antônio Andrioli, colocou que “há ainda muitas coisas a resolver, mas muitas outras já estão acontecendo na universidade”. Andrioli salientou que as condições muitas vezes dificultam o trabalho, mas que é preciso continuar caminhando. Mencionou também a importância de democratizar a UFFS “não só de fora para dentro, mas de dentro para fora”. Enfatizou ainda a relevância de preservar a unidade entre professores, alunos e funcionários. Nas suas palavras finais, lembrou que “utopias precisam ser construídas, mas sem desconsiderar as condições em que a universidade foi inserida”. Ele disse esperar que os grandes desafios que a UFFS têm pela frente sejam utopia e não ilusão: “Precisamos estar com os pés no chão, mas isso não significa que devemos ficar no chão”, concluiu Andrioli.

agosto 11, 2010   Publicado em: Notícias