Ambientação discute cultura organizacional na UFFS

Chapecó – Os dias 14 e 15, quarta e quinta-feiras, foram de trabalho intenso para os servidores da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), em Chapecó. O evento de Ambientação levou temas relacionados à construção coletiva de uma cultura organizacional para o auditório do campus e para as rodas de discussão entre os servidores e os convidados pela instituição.

O encontro iniciou na quarta-feira com o Reitor da UFFS, Dilvo Ristoff. O professor começou sua fala ressaltando que a UFFS é parte do sistema educacional, não existe isoladamente e precisa seguir o Plano Nacional de Educação, as Diretrizes Curriculares Nacionais e as orientações emanadas do MEC, da Capes e do Inep. Embora as instituições e os cursos possam ter características próprias, e isto é desejável, eles precisam ser entendidos como parte do sistema nacional de educação superior vigente.
Retomando a história da instituição, o Reitor afirmou que a ideia de uma universidade federal na região tem mais de 20 anos. Agentes empenhados para que a ideia se tornasse realidade se organizaram em 2005 e iniciaram a luta articulada para a concretização da UFFS.

Do relatório da primeira comissão saiu a proposta de criação dos cursos e o desenho pedagógico institucional. Com o estabelecimento das regras para o ingresso dos alunos na instituição – pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e levando em consideração o fator escola pública -, a UFFS dá chance a estudantes que não repetem o perfil sócioeconômico da maior parte dos acadêmicos em instituições públicas federais no país. Assim, a UFFS é a primeira universidade pública e popular do Brasil.

Além disso, o Reitor também destacou que a UFFS é multicampi e, portanto, deve respeitar as diferenças entre as cidades em que está implantada. Prevendo a expansão da UFFS, o professor Dilvo também destacou que a instituição deverá chegar a 10 mil alunos em quatro anos.

A carreira das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) foi abordada pela secretária-adjunta do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Maria do Socorro Mendes Gomes. Ela abordou questões de destaque sobre as carreiras para os servidores que chegaram há pouco na UFFS e ao serviço público federal.
Um dos temas foi o regime jurídico único, aplicado ao serviço público federal, e que permite o acesso aos cargos somente por concurso público. Destacou que a carreira pública precisa levar em consideração o que está previsto em lei para qualquer ação. Lembrou, também, da necessidade dos servidores buscarem conhecer o serviço público por meio dos ministérios, e que o andamento dos trabalhos depende de uma previsão orçamentária anual.

Para integrar ainda mais os servidores da UFFS, Bárbara da Silva Cristina Monteiro dividiu os participantes em grupo para uma dinâmica. O desafio dos grupos foi pensar na seguinte questão: o que eu posso fazer e o que o outro pode fazer para tornar a UFFS uma grande universidade? As respostas, apresentadas pelos relatores e observadores, ficaram registradas como uma espécie de compromisso do coletivo presente.
Dulce Maria Tristão abriu os trabalhos na quinta-feira. O assunto abordado foi a Ética no Serviço Público. Permeando dados constantes no Código de Ética Profissional do Serviço Público do Poder Executivo Federal e da Constituição com a vivência cotidiana, Dulce levantou conceitos e fez reflexões com os participantes do evento sobre o tema.

O coordenador geral de Gestão da Rede de Ifes/Sesu do MEC, Marcos Aurélio Souza Brito, falou aos servidores sobre Legislação de Pessoal. Brito esclareceu questões técnicas de legislação e respondeu perguntas bastante práticas a respeito de direitos do servidor e das normas para o momento atual da maioria dos servidores, o estágio probatório. A Ambientação se encerrou à tarde, com um lanche comunitário.

A participação da direção dos campi garante que as informações serão repassadas aos demais servidores, lotados em Realeza, Laranjeiras do Sul, Erechim e Cerro Largo.

abril 20, 2010   Publicado em: Notícias