Projeto pretende treinar professores para a comunicação em Libras

Erechim – Iniciativas visando a inclusão social já começam a surgir na Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS). No campus de Erechim, a pedagoga e tradutora e intérprete da Língua de Sinais, Carmen Elisabete de Oliveira, está trabalhando em projetos de treinamento para professores e servidores da universidade.
A ideia é que seja possível estabelecer comunicação com alunos e visitantes surdos. Carmen também vem se dedicando a projetos de ensino de Libras (Língua Brasileira de Sinais) para atender às famílias dos surdos e à comunidade.
Dentro das atividades e visando o aperfeiçoamento constante, Carmen participou do I Fórum Nacional de Educação Integral e de Educação Inclusiva do Alto Uruguai, recentemente, em Erechim.
Na UFFS, a primeira oportunidade que Carmen teve para fazer o trabalho de intérprete foi na solenidade de recepção aos alunos, no primeiro dia de aula, quando algumas pessoas surdas da comunidade erechinense tiveram oportunidade não só de estarem presentes como também de participarem de forma efetiva.
“Este momento foi especialmente emocionante porque mostrou para a comunidade que a universidade está de fato estimulando a inclusão social ao proporcionar acessibilidade às pessoas surdas, lhes proporcionando uma aprendizagem em condições de igualdade em relação aos alunos ouvintes”.

Por estar há muitos anos trabalhando na área, a tradutora sabe bem das necessidades destas pessoas e por isso tem condições de afirmar que “a comunidade surda de Erechim está muito satisfeita com esta iniciativa da universidade que, além de cumprir com o que estabelece a lei federal, demonstra respeito pela língua e cultura dos surdos, valorizando-os enquanto cidadãos”.

Saiba mais

A inclusão social é um tema que tem merecido destaque especial nos últimos anos, principalmente quando consegue transpor o campo das idéias e se concretizar de forma real e eficaz.
O decreto 5.626, de dezembro de 2005, que tornou obrigatório o ensino de LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) nos cursos de licenciaturas e formação de professores, além de assegurar o direito de intérpretes para todos os alunos surdos que freqüentam o ensino regular. Com isso, o surdo passa a ter, além de condições de igualdade na aprendizagem, um melhor convívio social.

maio 3, 2010   Publicado em: Notícias